sábado, 30 de junho de 2007

"to lick your face / lick those raindrops from the rainy days"

(by novo)
When I Said I Wanted To Be Your Dog (dowload here)
rapidshare

Tram #7 To Heaven 01
Happy Birthday, Dear Friend Lisa 02
Do You Remember The Riots? 03
You Are The Light (By Which I Travel Into This And That) 04
If You Ever Need A Stranger (To Sing At Your Wedding) 05
Silvia 06
The Cold Swedish Winter 07
Julie 08
Psychogirl 09
When I Said I Wanted To Be Your Dog 10
Higher Power 11


Jens é um gênio, posso arriscar a dizer que ele faz parte de uma nova geração do folk onde a melancolia volta com grande força, não como a "fofinha" de Belle & Sebastian ou Camera Obscura, e sim uma melancolia muito mais lapidada e charmosa. Após lançar vários EPs por conta própria (e até ter suas músicas creditadas como de outros artistas) Jens aparece com esse belo álbum em 2004 e se torna um dos hits indie folk.

Jens is a genius! I can risk to say that he's part of a new folk movement in which the mellowness appears again with great strenght, not as the sweet-melancholia of Belle & Sebastian or Camera Obscura, but as a much deeper and worked sense of soft-sadness. After self-releasing a lot of EPs (and some miscredited songs) Jens gives us this beautiful album (2004) and becomes a new indie folk hit.

Marcadores: ,

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Peel Sessions / PJ Harvey

01 Oh My Lover [October 29, 1991]
02 Victory [October 29, 1991]
03 Sheela-Na-Gig [October 29, 1991]
04 Water [October 29, 1991]
05 Naked Cousin [March 3, 1993]
06 Wang Dang Doodle [March 3, 1993]
07 Losing Ground [September 5, 1996]
08 Snake [September 5, 1996]
09 That Was My Veil [September 5, 1996]
10 This Wicked Tongue [November 10, 2000]
11 Beautiful Feeling [November 10, 2000]
12 You Come Through [December 16, 2004]



O melhor da PJ é experienciado ao vivo: cru e rasgado. John Peel captura nessa coletânea de músicas gravadas em seu estúdio o poder musical de PJ. Ótimo álbum!

PJ Harvey's power is best experienced live and raw. John Peel presents the best of her from past records made at his studio.

Marcadores: ,

domingo, 24 de junho de 2007

EROTICA.



Análise de um dos álbuns menos valorizados da história do pop mainstream mundial: Erotica.
Clique em Leia Mais para acessar a análise completa e o download do álbum.(by novo)
Sexo? Há. Tenho uma palavra pra você: EROTICA. E vem direto da minha maior incursão no lado mainstream da música, digo, do lado válido: Madonna. A Madonna, sabe? Aquela que ensinou a geração dos anos 90 que dar prazer é bom, que é bom tirar a roupa, que fazer sexo é bom, que sexo permite transgressões.


Capa originalmente planejada por Madonna. Infelizmente, a Warner acreditou ser deveras sexual e recusou a idéia.

20 de outubro de 1992: EROTICA é posto a venda. Álbum conceitual que explora o sexo e tudo que o envolve, Madonna apresenta influências de jazz, hip-hop, club music. Me pergunto como que demorei tanto pra descobrir o EROTICA, o que possivelmente responde esse questionamento é que o EROTICA é o álbum menos valorizado da rainha do pop. Não só pelo fato de explorar sexo abertamente, falar de sexo oral, homossexualidade e safadezas sexuais em geral, mas também pelo fato de ser o tipo de álbum que entra em campos nunca explorados de forma tão explícita em um meio mainstream, decididamente: medo do novo. E é a mesma “novofobia” que trouxe críticas tão duras ao EROTICA, o citaram como vazio e luxurioso. Discordo. O quinto de Madonna define sexo como transgressão (ela que ensinou!), e é isso que ela quis demonstrar. As amarras da época pós-surgimento da AIDS precisavam de alguém que as rompessem. Erotica incentiva (ou liberta) o despir-se, deitar na cama, aproveitar cada polegada e retirar todo o prazer sexual possível de tudo isso, sem, claro, sofrer.

Além de pregar o “do it”, Madonna explora nas letras, com auxílio de André Betts e Shep Pettibone, a liberdade de sair de relações, a covardia masculina. Incrível que no disco inteiro não há música que conecte o amor romântico ao sexo, notável! Mais um “ensinamento”: desatar o sexo do amor e vice-versa, colocar no lugar de amor, prazer físico e satisfação (E não, não o sexo que você se sente vazio após fazer, e sim o sexo que você fica suado, extasiado, respirando ofegante).



No aspecto musical propriamente dito, Madonna inova (ha, me conte uma novidade senhor escritor de resenhas)! Erotica foi considerado pela Rolling Stones, atualmente, como o ápice da sofisticação e melhor trabalho de Madonna (superando grandes como True Blue e Like a Virgin). Junto a crítica dividida e a sofisticação musical, o álbum, acompanhado do livro “Sex” lançado ao mesmo tempo, não começou muito bem suas vendas na época (mais uma prova de como o EROTICA é underrated). Porém, após um tempo para que o público fizesse a “digestão” do álbum, o single “EROTICA” atingiu o terceiro lugar de vendas nos EUA e no Reino Unido.

Toda a publicidade do álbum envolvia, obviamente, sexo e seus imaginários: o livro já citado, cards promocionais com fotos de Madonna incorporando uma dominatrix chamada Dita citada na homônima primeira faixa do disco, música a qual tem um clipe muito interessante: Madonna com toques BDSM (sigla para bondage & sadomasoquismo, sendo que bondage é um fetiche por amordação e tudo que envolve imobilização durante o sexo e sadomasoquismo tange o prazer sexual que vem através da dor durante o ato), fazendo tudo que tem direito com tudo (sim!) e todos.


Cards promocionais distribuidos à imprensa na época do lançamento do álbum.


Erotica rendeu seis singles: O já citado “EROTICA”.













“DEEPER AND DEEPER”,
música mais dance do álbum (Madonna aproveita algumas linhas do hit VOGUE nessa música). No clipe, Madonna aparece participando de uma festa em uma boate, no estilo Andy Warhol, atingiu o Top Ten nos EUA e UK.








“BAD GIRL”
alcançou o trigésimo sexto lugar no Billboard Hot 100, música mais "triste" do álbum.











“FEVER”,
cover da música de Eddie Cooley e Otis Blackwell, linda versão! Madonna faz muito bem quando canta “what a lovely way to burn...”, escalou as tabelas e chegou ao sexto lugar no Reino Unido.









“RAIN”,
música dita como metáfora à ejaculação, é uma das músicas com ritmo mais comportado do álbum, desacredito a alusão ao orgasmo masculino, RAIN muito mais demonstra uma música sobre limpar-se das dores e sofrimentos, ao invés do da comparação já mencionada. (catorze no Billboard Hot 100).







Por fim, “BYE BYE BABY”,
lançado exclusivamente na Austrália, Japão, Alemanha e Nova Zelândia, é o tipo de música que gruda nos ouvidos, “Bye bye baby bye bye / It's your turn to cry / This time we have to say goodbye / So say goodbye”. #15, #43, #15 respectivamente, na Austrália, Nova Zelândia e Japão.






Outras faixas indispensáveis são: Thief Of Hearts em que Madonna age como uma mulher numa posição dominante, e diz, no finzinho da música após quebrar uma garrafa: “STOP BITCH! Sit your ass down!”, Waiting em que ela envoca uma aura altamente sexual com a estrutura musical da faixa e fala versos super debochados e inesquecíveis como “Next time you wanna pussy, baby, ha, just look in the mirror, baby!”. Muito interessante a forma como ela usa duas aplicações da palavra PUSSY, como bo**** e como “tolo”, “covarde”.

Fato: não ouça perto de seus pais. Fato²: Em vinil é ainda mais... digamos... “gostoso”, pelo ritual que o vinil implica. Fato³: Se segure pra não babar no encarte, é simplesmente lindo e demonstra compulsivamente o conceito do álbum, tem até Madonna amordaçada. Ha! Ótima a velha, não se cansa do basfond, nunca.

(DOWNLOAD EROTICA HERE)

clique nas imagens para ampliar.


Creative Commons License
Esta obra textual está licenciada sob uma
Licença Creative Commons.

Marcadores: , ,